quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Assocafé realiza 12° Agrocafé em Salvador


Em clima de raro otimismo, após uma década de preços insuficientes para compensar o câmbio valorizado e remunerar bem o produtor rural, os cafeicultores da Bahia, através da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé) promovem o 12º Simpósio Nacional do Agronegócio Café, o Agrocafé. 

O evento, um dos mais importantes do gênero no calendário brasileiro de café, será realizado em Salvador, entre os dias 21 e 23 de março, no Centro de Convenções do Hotel Bahia Othon Palace. A programação inclui palestras e minicursos para todos os estágios da cadeia produtiva do agronegócio - desde a lavoura até a xícara - aborda políticas públicas agrícolas e de meio ambiente, além de tecnologia e mercado. Aproximadamente 1,2 mil pessoas são esperadas no período. 

Para comemorar a “escalada” dos preços que, no pior momento, chegaram a bater em torno de US$50 a saca, subiram para cerca de US$122 nos últimos anos, e hoje estão cotados acima de US$300, a Assocafé convidou o famoso alpinista brasileiro Waldemar Niclevics para proferir a palestra de abertura do Simpósio, cujo título será “Conquistando o seu Everest”. “Waldemar é um vencedor e este espírito é importante ao produtor de café que, nos últimos anos, teve de se superar para permanecer na atividade, ajudando o Brasil a manter o posto de maior produtor mundial de café”, afirma o presidente da Assocafé, João Lopes Araujo. 

De acordo com Araujo, uma das grandes conquistas que serão celebradas na edição 2011 do Agrocafé é a entrada do café lavado brasileiro, despolpado ou cereja descascado, na cotação da Bolsa de Nova Iorque, um privilégio, até dois meses atrás, dos cafés especiais da Colombia. “Lutávamos por isso há muito tempo. Agora, nosso café especial terá como parâmetro internacional de preço não mais o valor da commodity, mas o seu próprio valor”, diz Araujo. Cenário positivo Apesar do bom momento, pouco mais de 10% dos produtores efetivamente conseguiram aproveitar os preços atuais, pois tinham café em estoque para vender. Contudo, Araujo acredita que este cenário irá permanecer nesta safra, cuja colheita começa em maio, para o café conillon, e, em junho e julho, para o arábica. “Como os estoques estão baixos, certamente os preços do café permanecerão elevados pelos próximos dois anos”, prevê. 

Com participação confirmada no dia 21 de março, às 14h, no painel “Políticas públicas visando o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro”, o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, acredita que o momento atual da cafeicultura baiana e brasileira é estratégico e deve ser aproveitado. “Poder Público e produtores devem se unir para planejar e estruturar a cafeicultura. 

Neste sentido, o Agrocafé é uma excelente oportunidade de discussão para fazer isto acontecer”, considera o secretário. O 12º Agrocafé é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro de Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras. Imprensa Agrocafé 15 de fevereiro de 2011 Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 3379-1777 / 8881-8064 (Fonte: Seagri)

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