quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bahia Farm Show - A maior vitrine do agronegócio da bahia

31 de Maio a 4 de Junho de 2011


A Bahia Farm Show é a maior vitrine do agronegócio da Bahia e hoje é considerada uma das mais importantes feiras de tecnologia agrícola e negócios do país. Dela fazem parte as maiores empresas mundiais em máquinas, implementos, insumos e serviços, com representação no Brasil, o que torna a feira baiana uma excelente oportunidade de realizar negócios, promover a sua marca e ficar em dia com as novidades do mercado agropecuário.

Em 2010, a Bahia Farm Show completou sua terceira edição com nome e marca próprios. Ela começou como uma franquia da Agrishow, que teve início em 2004 no município, mas, evoluiu e ganhou identidade, agregando à sua performance os diferenciais que fazem do Oeste da Bahia não mais uma fronteira, mas um guia dos novos rumos do agronegócio brasileiro. Além de vitrine, a Bahia Farm Show também é palco de tomada de importantes decisões para o setor, já que a feira faz parte dos compromissos dos governantes, executivos públicos, CEOs de empresas, e muitos outros. Na feira nasceram ou ganharam força iniciativas decisivas para a região, o estado e o país, como o Plano Oeste Sustentável, a Rodoagro, a Ferrovia Oeste Leste e o Fundesis.

Na edição 2010, que aconteceu entre os dias 1º e 5 de junho, a safra recorde de grãos do oeste da Bahia e o bom momento da economia brasileira só confirmaram o sucesso esperado por todos. As negociações durante os cinco dias do evento somaram R$ 316 milhões, o que superou todas as expectativas, registrando um crescimento de 47,6% em relação ao movimentado em 2009. O público também foi maior: mais de 38,5 mil pessoas visitaram a feira, aumento de 20% em comparação com a edição passada.

ExpoLondrina será palco da Exposição Brasileira Mangalarga

Revista Horse

Evento levará ao público paranaense toda a beleza e funcionalidade do “cavalo de sela brasileiro”
Exemplares de grande qualidade marcarão presença na pista da Exposição Brasileira
Exemplares de grande qualidade marcarão presença na pista da Exposição Brasileira 

A Exposição Brasileira do Cavalo Mangalarga estará este ano entre as atrações de um dos mais importantes eventos agropecuários da América Latina: a ExpoLondrina 2011. Marcada para acontecer entre os dias 7 e 10 de abril, nas dependências do Parque Governador Ney Braga, a aguardada mostra mangalarguista contará com julgamentos morfológicos, provas de andamento e disputas funcionais.
Segundo os organizadores, diversos fatores influenciaram na escolha da paranaense Londrina como sede da Exposição Brasileira. O grande interesse do público local por bons cavalos de sela foi um deles, assim como a estratégia da ABCCRM de fortalecer a presença da raça na região sul do País. Além disso, a ExpoLondrina, que todos os anos é visitada por pessoas provenientes de todo Brasil e também de inúmeros outros países, é considerada uma importante vitrine para o cavalo Mangalarga. Afinal, a feira do norte do Paraná está entre as mais importantes da América Latina. No ano passado, por exemplo, ela recepcionou um público de 463,5 mil pessoas, recebendo ainda 12.907 animais de 46 raças entre bovinos, equinos, suínos, ovinos e caprinos. E registrou 27 leilões, que juntos comercializaram R$ 17,2 milhões, uma importante parcela da receita total do evento: R$ 194 milhões.
A ExpoLondrina possui, aliás, uma longa relação com o cavalo Mangalarga. Segundo o Núcleo do Norte do Paraná, responsável pela organização da mostra ao lado da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Sociedade Rural do Paraná, a participação mangalarguista é bastante tradicional, ocorrendo desde as primeiras edições do evento.
Com sede itinerante e peso diferenciado no ranking da raça, a Exposição Brasileira está entre os principais momentos do circuito de exposições mangalarguista, que promove anualmente cerca de trinta eventos nos mais diferentes pontos do País. Nos últimos anos, essa importante mostra passou por quatro diferentes regiões brasileiras, sempre procurando divulgar, fortalecer e fomentar a criação do cavalo Mangalarga. Além da gaúcha Esteio, sede da edição mais recente, realizada em agosto de 2009, o evento passou pela nordestina Salvador (BA), em 2008, pela cidade de Goiânia (GO), em 2007, e pela capital mineira Belo Horizonte, em 2006.
Mais informações sobre a Exposição Brasileira podem ser obtidas no site www.cavalomangalarga.com.br ou pelo telefone (11) 3673-9400.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Embrapa e Semarh promovem encontro sobre recursos hídricos em Sergipe

IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe (IV Enrehse) será realizado, de 22 a 25 de março


Embrapa Tabuleiros Costeiros

 
Visando contribuir para a disseminação do conhecimento sobre os recursos hídricos locais e, por conseqüência, o aumento da consciência ambiental da comunidade sergipana relacionada ao manejo da água, será realizado, de 22 a 25 de março próximo, o IV Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe (IV Enrehse).

O evento acontece no Auditório da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado de Sergipe (Codise) e é organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Tabuleiros Costeiros) em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), através da Superintendência de Recursos Hídricos.

Na sua quarta edição, o Enrehse pretende reunir profissionais de várias áreas do conhecimento para apresentar as diversas e recentes experiências na forma de trabalhos técnicos e palestras, como difusão dos instrumentos de gestão, preservação e conservação da água no estado de Sergipe.

Estarão participando deste encontro, que terá como tema central “Água para a vida”, estudantes, professores, pesquisadores, profissionais da área de recursos hídricos e afins.

Segundo Marcus Cruz, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros e coordenador do Encontro, a Comissão Organizadora  tem a perspectiva de contar com a participação de aproximadamente 300 inscritos e 50 trabalhos técnicos. As inscrições são gratuitas, porém com vagas limitadas.

A programação tem início, no dia 22, com minicursos, e tem sua seqüência no dia 23 com credenciamento, abertura, e uma série de atividades que envolvem palestras, apresentações de trabalhos, entre outras, que se estenderão até o dia 25, quando o evento será encerrado.   

Inscrição e maiores informações:
www.cpatc.embrapa.br/eventos/4enrehse


Leve-se pela natureza em Fernando de Noronha

Paraná Online


Imagine passar alguns dias em uma ilha tranquila e muito distante do continente, praticando mergulho, caminhadas ou surfe e ainda apreciando a fauna, em total contato com a natureza.

Fernando de Noronha é o lugar. Quem já foi para lá pode confirmar. É um verdadeiro paraíso para adeptos do ecoturismo e do turismo de aventura. Além de suas praias, eleitas diversas vezes como as mais bonitas do planeta, Noronha proporciona atividades que conquistam e encantam os visitantes.
Adultos e crianças têm experiências inesquecíveis ao ver os golfinhos da Baía do Sancho, ao nadar com as tartarugas da praia do Sueste ou ao fazer snorkeling no Atalaia, um verdadeiro berçário de peixes.

O aprendizado de respeito ao meio ambiente começa já no planejamento da viagem, quando os turistas são informados de que existe um limite máximo de pessoas por dia na ilha e que é necessário pagar uma taxa ambiental para entrar.
A diária de R$ 38,24, obrigatória a maiores de cinco anos, está vigente desde 1989 e é destinada à manutenção das condições ambientais e ecológicas do local. Outro ponto importante é o contato com moradores, que lembram a todo momento a importância da preservação.

A ilha de Fernando de Noronha fica no arquipélago de mesmo nome, localizada a 545 quilômetros de Recife. As companhias aéreas Gol e Trip oferecem voos para o destino, que é contemplado pelo Programa de Promoção e Comercialização Nacional da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura).

Esta entidade trabalha para fortalecer o segmento e reforçar o potencial do Brasil para oferta segura e responsável de atividades de ecoturismo e turismo de aventura.

Cavalo baixadeiro do Maranhão desperta a atenção de pesquisadores

Os animais domésticos de raças antigas, trazidos há séculos para o Brasil, têm qualidades que podem ser úteis para melhorar as raças modernas, de maior rendimento comercial

G1 - Globo

Daí a importância do Cenarge, um programa da Embrapa Recursos Genéticos para conservar porcos, bois, cavalos e aves dessas raças. O cavalo baixadeiro do Maranhão é uma delas.
O nome baixadeiro vem de Baixada Maranhense, região de origem desse cavalo. Para chegar ao lugar, a equipe de reportagem do Globo Rural deixou a capital São Luís de balsa e na companhia dos três professores da UEMA, Universidade Estadual do Maranhão, que apresentaram raça aos pesquisadores da Embrapa.

O município de Pinheiro, um dos 21 que integram a Baixada Maranhense e com cerca de 80 mil habitantes, é considerado um tipo de capital da região, uma das mais pobres do país.

A cidade de Pinheiro é cercada por planícies, que ficam alagadas boa parte do ano. Na Baixada Maranhense, os animais são criados soltos e se alimentam de pasto nativo. Há quem diga que cavalo para se criar praticamente sozinho, num ambiente parecido ao da região e com campos alagados precisa ter sangue baixadeiro.

Segundo o veterinário Osvaldo Serra, autor de uma dissertação de mestrado sobre o cavalo baixadeiro, para conseguir sobreviver no lugar os equinos precisaram se adaptar. “Foram anos e anos de seleção natural. Foram selecionados aqueles animais resistentes ao ecossistema regional. Os que não resistiam, acabavam perecendo. Por isso, hoje a gente tem uma raça adaptada. A própria seleção natural tratou de fazer também para que ele, com pouco pasto ou um pasto menos nutritivo, conseguisse sobreviver. Outra adaptação muito importante que ocorreu foi o casco. O casco do baixadeiro é muito resistente. Então, pode estar no alagado ou pode estar no torrão, na época seca, ele se adapta tão bem as duas condições”, esclareceu Serra.

Grande parte dos criadores de cavalo baixadeiro vive na cidade. A lida fica por conta dos tratadores. O manejo acontece só de quatro a cinco vezes por ano, quando animais de vários donos são agrupados para um trato coletivo.

O Globo Rural acompanhou o trabalho em um desses dias, que costumam ser muito festivos. É quase uma reunião entre amigos. Os animais são laçados um a um e o manejo é bem rústico. Os peões cortam a crina no facão.

O tratador José Rodrigues e os outros colegas acreditam que a crina enfraquece o animal. “Se deixar, a crina chupa o sangue do animal”, explicou.

Enquanto alguns tratadores cortam a crina, outros tratam o carrapato com óleo queimado e creolina. Eles acreditam que o baixadeiro tenha uma tolerância maior aos parasitas. Raças comerciais definhariam muito mais rapidamente diante da infestação.

O manejo baixadeiro foi sendo passado de pai para filho. É raro ter orientação veterinária pela região.

O pagamento pelo serviço dos tratadores é feito em forma de potro. No final de cada ano, o tratador se encontra com o dono dos animais para contar os potros que nasceram. A cada quatro potros nascidos, três ficam com o dono e um com o tratador. José Rodrigues, por exemplo, cuida de 60 éguas, mas ele tem de se virar para conseguir dinheiro.

O criador João França disse que nem o dono dos animais consegue ganhar dinheiro com o baixadeiro. “Uma égua baixadeira hoje vale cerca de R$ 200 a R$ 300 ou até R$ 500, de acordo com o animal”.

Para José Dias, criador e veterinário da região, resistência é a palavra que define o cavalo baixadeiro. “É um animal valente demais. Outros cavalos de raças melhoradas não aguentam. Eles não têm casco, não têm resistência e não aguenta parasita como carrapato. Em pouco tempo, eles estão acometidos de muitas doenças e morrem. Esse é um monstro”, definiu.

Todas essas características fizeram com que os professores da UEMA, Universidade Estadual do Maranhão, procurassem a Embrapa para apresentar o baixadeiro. “Nós pretendemos avaliar o efetivo da população na Baixada Maranhense”, explicou Francisco Lima, veterinário do UEMA.

O segundo ponto é a criação de um núcleo de conservação no campus da UEMA na Baixada, que teria um plantel próprio e serviria também para orientar os criadores e tratadores da região sobre técnicas de manejo e de reprodução.

“Hoje, nós temos um problema sério que envolve consanguinidade do grupo justamente por conta de não haver por parte do criador a percepção de como a consanguinidade, ou seja, o irmão cruzando com a irmã ou o pia com a filha, como ele deprecia esse material genético e faz com que ele tenha uma vida limitada”, apontou Francisco Lima.

No futuro, com o avanço da biotecnologia e com o sequenciamento genético, vai se tornar cada vez mais fácil a transferência de genes de uma raça para outra.

O cavalo baixadeiro foi o último animal incluído no programa de conservação da Embrapa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Assocafé realiza 12° Agrocafé em Salvador


Em clima de raro otimismo, após uma década de preços insuficientes para compensar o câmbio valorizado e remunerar bem o produtor rural, os cafeicultores da Bahia, através da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé) promovem o 12º Simpósio Nacional do Agronegócio Café, o Agrocafé. 

O evento, um dos mais importantes do gênero no calendário brasileiro de café, será realizado em Salvador, entre os dias 21 e 23 de março, no Centro de Convenções do Hotel Bahia Othon Palace. A programação inclui palestras e minicursos para todos os estágios da cadeia produtiva do agronegócio - desde a lavoura até a xícara - aborda políticas públicas agrícolas e de meio ambiente, além de tecnologia e mercado. Aproximadamente 1,2 mil pessoas são esperadas no período. 

Para comemorar a “escalada” dos preços que, no pior momento, chegaram a bater em torno de US$50 a saca, subiram para cerca de US$122 nos últimos anos, e hoje estão cotados acima de US$300, a Assocafé convidou o famoso alpinista brasileiro Waldemar Niclevics para proferir a palestra de abertura do Simpósio, cujo título será “Conquistando o seu Everest”. “Waldemar é um vencedor e este espírito é importante ao produtor de café que, nos últimos anos, teve de se superar para permanecer na atividade, ajudando o Brasil a manter o posto de maior produtor mundial de café”, afirma o presidente da Assocafé, João Lopes Araujo. 

De acordo com Araujo, uma das grandes conquistas que serão celebradas na edição 2011 do Agrocafé é a entrada do café lavado brasileiro, despolpado ou cereja descascado, na cotação da Bolsa de Nova Iorque, um privilégio, até dois meses atrás, dos cafés especiais da Colombia. “Lutávamos por isso há muito tempo. Agora, nosso café especial terá como parâmetro internacional de preço não mais o valor da commodity, mas o seu próprio valor”, diz Araujo. Cenário positivo Apesar do bom momento, pouco mais de 10% dos produtores efetivamente conseguiram aproveitar os preços atuais, pois tinham café em estoque para vender. Contudo, Araujo acredita que este cenário irá permanecer nesta safra, cuja colheita começa em maio, para o café conillon, e, em junho e julho, para o arábica. “Como os estoques estão baixos, certamente os preços do café permanecerão elevados pelos próximos dois anos”, prevê. 

Com participação confirmada no dia 21 de março, às 14h, no painel “Políticas públicas visando o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro”, o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, acredita que o momento atual da cafeicultura baiana e brasileira é estratégico e deve ser aproveitado. “Poder Público e produtores devem se unir para planejar e estruturar a cafeicultura. 

Neste sentido, o Agrocafé é uma excelente oportunidade de discussão para fazer isto acontecer”, considera o secretário. O 12º Agrocafé é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro de Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras. Imprensa Agrocafé 15 de fevereiro de 2011 Catarina Guedes – Assessora de Imprensa (71) 3379-1777 / 8881-8064 (Fonte: Seagri)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Na visita ao Brasil, Obama deve assinar acordos comerciais

Na sua primeira visita ao Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve assinar junto com a presidente Dilma Rousseff uma série de acordos para destravar o comércio entre os dois países


Portal Exame


Os governos do Brasil e dos EUA já estão finalizando o tratado para retirar barreiras sanitárias a produtos como carnes e frutas brasileiras. Os acordos, que não prevêem redução de tarifas de importação, também tratam da simplificação das barreiras alfandegárias e das normas técnicas.

O presidente Barack Obama chega ao Brasil no dia 19 de março e fica até o dia 20 do mesmo mês. Ele ainda deve discutir com a presidente Dilma Rousseff assuntos relacionados à energia limpa, crescimento global, reconstrução e assistência ao Haiti, esforços de desenvolvimento colaborativo e outras questões de importância global.

Mata Atlântica tem 80% de sua área em terras privadas

Estudo mostra que concentração pode tornar pode tornar a floresta mais suscetível a desmatamentos

 
Reserva de Mata Atlântica, em São Paulo

Mais ameaçado dos biomas brasileiros, 80% dos remanescentes da Mata Atlântica estão concentrados nas mãos de proprietários privados, o que torna a floresta mais suscetível a desmatamentos - principalmente se for adiante a proposta de alteração do Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional.

Há no País pelo menos 17 milhões de hectares que descumprem as premissas do atual Código Florestal e podem ser recuperados. São áreas de preservação permanente (APPs), como margens de rios e topos de morros, e de reserva legal nas propriedades agrícolas. Caso seja reduzida a área destinada à proteção permanente, como prevê a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o País não cumprirá os compromissos internacionais firmados em outubro na Convenção de Biodiversidade da ONU, realizada em Nagoya, no Japão.
 
É o que mostra o estudo Convenção sobre Biodiversidade Biológica - Metas 2010 Mata Atlântica, elaborado pela ONG WWF-Brasil e o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e apresentado ontem, em São Paulo. “O principal desafio hoje para a recuperação da Mata Atlântica é reverter a proposta de mudança no Código Florestal. Se isso ocorrer, como querem entidades ligadas ao agronegócio, não cumpriremos a meta firmada em Nagoya de proteger 17% do bioma até 2020”, afirma Cláudio Maretti, superintendente de conservação do WWF-Brasil.

Ele explica que na situação atual o País já não cumpriria o acordo, pois o bioma está restrito a 7,9% da cobertura original, num total de 102 mil km². Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, a Mata Atlântica cobria 1,3 milhão de km². O bioma é importante também por abrigar 65% das espécies ameaçadas de extinção no Brasil - muitas são endêmicas, ou seja, só existem ali.

Reservas privadas

Para o WWF-Brasil, uma das maneiras de aumentar a proteção do bioma é estimular a criação de unidades de conservação em áreas privadas. Hoje existem 627 reservas privadas (RPPNs) de Mata Atlântica em todo o País, que protegem 0,1% do bioma. Parques nacionais e estaduais somam apenas 2,3% da área protegida da Mata Atlântica. “Os proprietários privados são fundamentais para se resguardar o que resta da floresta. Mas praticamente não existe política pública para incentivar a criação de reservas particulares”, diz Luciana Simões, coordenadora do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil. Ela também defende o uso de ferramentas econômicas para estimular a preservação, como o pagamento a agricultores que preservarem seus remanescentes de floresta. (Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo)

Estudo revela que o homem influenciou nas mudanças climáticas

A revista "Nature", uma das mais respeitadas publicações de material científico, afirma em sua mais recente edição que a força dos últimos temporais em várias partes do mundo resulta da ação do homem.

Cheias no Brasil, inundações violentas na Austrália, tragédias provocadas pelas chuvas, nevascas que atingem o Hemisfério Norte com uma força incomum. Para estes fenômenos contribuiu e muito a mão do homem.

É o que mostram dois estudos publicados nesta quarta-feira na revista britânica Nature - uma das mais respeitadas na área da ciência. Que o clima no planeta já era sabido.

Mas até agora não era claro para os pesquisadores a intensidade dessa ação. Com a ajuda de sofisticados programas de computadores, os cientistas descobriram que o aquecimento global mudou a distribuição das chuvas pelo planeta.


O aumento da temperatura da terra é provocado pela emissão de gases que provocam o efeito estufa como dióxido de carbono e o metano. O aquecimento intensifica a evaporação e a quantidade de água na atmosfera aumentando - e muito - o risco de enchentes, nevascas e granizos.

Em um dos estudos, os cientistas compararam as variações climáticas na América, Europa e Ásia entre as décadas de 50 e 90 e descobriram que cada elevação de um grau centígrado na temperatura do planeta aumenta entre 6% a 7% a evaporação da água. O segundo estudo levou em conta as enchentes recordes que atingiram o Reino Unido no outono de 2000 deixando mais de dez mil casas inundadas.

Os pesquisadores compararam dois modelos: um baseado nos dados climáticos de fato e outro simulando um mundo sem a existência de gases de efeito estufa. O resultado foi que o aquecimento global dobrou os riscos dessas enchentes acontecerem no Reino Unido.

Segundo os cientistas, as pesquisas também vão ajudar a medir a influência da ação humana sobre o clima, melhorando a previsão do tempo e possibilitando a elaboração de estratégias para enfrentar essas mudanças e também devem servir de base para vários processos judiciais contra empresas que poluem o meio ambiente.(Fonte: G1)

Sucesso em energia limpa requer mais investimentos, diz Ipea

O Brasil tem ‘potencial’ para alcançar um modelo energético menos poluente e economicamente viável se houver mais pesquisas e investimentos do Estado, diz estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta terça.
O estudo, chamado ‘Energia e Meio Ambiente no Brasil’, conclui que, para ser bem-sucedido nesse modelo, o Brasil precisa investir em pesquisa, distribuir melhor seus recursos e promover incentivos à produção de energia renovável.

O texto afirma que ‘muito mais do que um sacrifício para a economia nacional, a sustentabilidade ambiental deve ser vista como uma oportunidade para o desenvolvimento sócio-econômico. Esse raciocínio segue a tendência mundial, talvez irreversível, de uso de energias alternativas com responsabilidade social e ambiental’.

O desafio em relação aos biocombustíveis, para os autores da pesquisa, é se tornarem competitivos frente aos derivados de petróleo. O estudo pede mecanismos ‘capazes de remunerar o esforço da produção sustentável em toda a cadeia (produtiva)’, incluindo subsídios e renúncia fiscal por parte do governo.

No caso do etanol, o consumo, que foi de 25 bilhões de litros em 2009, deve chegar a 60 bilhões em 2017, segundo projeções.

A produção de energia eólica também tende a crescer – o setor ganhou mais 41 usinas nos últimos anos -, e o mercado de resíduos sólidos também oferece oportunidades para a geração de energia, mas ‘ainda carece de políticas de incentivo no Brasil’, segundo o Ipea.

Para o instituto, esses setores necessitam da interferência do Estado para crescerem em importância. ‘É necessário debater alternativas de compensação financeira – para municípios ou para a agricultura – para atividades de produção de energia renovável, (de forma) semelhante aos royalties do petróleo.’

Petróleo – Apesar disso, as atuais projeções apontem para uma maior dependência de combustíveis fósseis.

Atualmente, o consumo anual de petróleo no Brasil é estimado em 1,34 tonelada equivalente (tep) por habitante, média inferior à mundial (1,78 tep por habitante). Mas a tendência é que o consumo aumente significativamente no Brasil até 2030, segundo dados do Ministério de Minas e Energia citados pelo Ipea. Essa tendência de crescimento já era observada antes mesmo das descobertas do pré-sal. (Fonte: G1)

Caititu


O Brasil está entre os países que possuem uma das maiores biodiversidades tanto na fauna quanto na flora, onde as diferenças regionais fazem da biodiversidade um dos mais importantes recursos naturais. Com a expansão da fronteira agropecuária, esses recursos foram substituídos para implantação da agricultura e pastagens para pecuária, gerando impactos no ambiente. No entanto, muitas regiões existem limitações edafoclimáticas para produção de espécies domésticas e agricultura, causando reflexos negativos para este tipo de produção.

A utilização de espécies silvestres adaptadas às condições ambientais locais favoreceria a conservação dos recursos naturais, uma vez que não há a necessidade de se modificar o ambiente como ocorre com o processo de produção de espécies domésticas e seria, portanto, uma alternativa de diversificação de produção que causaria menores danos ao meio ambiente (NOGUEIRA FILHO & NOGUEIRA, 2000).

Animais silvestres sempre foram utilizados pelo homem, tanto para subsistência quanto comercial, muitas vezes através da caça predatória e do tráfico chegando a colocar em risco a preservação de muitas espécies, especialmente no Brasil. A partir das décadas de 1960 e 1970, em muitos desses países essa caça foi considerada ilegal em função do estabelecimento de leis de proteção à fauna, mas apesar disso o tráfico continua a ocorrer. A criação comercial de animais silvestres em cativeiro, além de contribuir para conservação da espécie, diminuição da caça e do tráfico e conservação do ambiente, pode ser uma importante alternativa de produção através de um plano de manejo adequado.

Inúmeras espécies da fauna silvestre ganham espaço para criação em cativeiro por terem grande potencial como alternativa na produção pecuária. Entre essas espécies com potencial zootécnico destaca-se o caititu (Tayassu tajacu) que é um animal gregário e rústico, conhecido genericamente como porco do mato. Não é uma espécie ameaçada e, em alguns locais, é até mesmo considerada “praga agrícola”, por consumir cultivos agrícolas como mandioca e milho, além de se adaptarem facilmente às condições em cativeiro e consumindo alimentos produzidos regionalmente. 

Sua carne é bastante apreciada devido ao paladar suave e baixos níveis de colesterol e existe grande interesse em seus couros que atinge elevados preços no mercado, devido a qualidade. A criação comercial de caititu permitirá a manutenção de espécies silvestres na região, educando e fornecendo a população rural, uma nova fonte e oferta de alimento. Através de um sistema de produção adequado, surge como uma nova fonte de renda gerando novos empregos, capacitando à mão-de-obra local, viabilizando o agronegócio regional.

Algumas dificuldades são enfrentadas pelos produtores em todos os elos da cadeia produtiva, o que gera entraves para a consolidação deste segmento do agronegócio. Para a viabilização dessa produção serão necessários estudos sobre o manejo animal, que se constitui nas práticas gerais de uma criação, e, com esses dados, desenvolver uma prática apropriada para a exploração racional desse animal.